Mesmo com o quarto ano consecutivo em que a população sai as ruas contra o aumento da tarifa de ônibus, criando revoltas generalizadas na cidade de Florianópolis, o prefeito Dário obriga a população a engolir mais um aumento. Na ultima sexta feira do mês de maio foi anunciado o novo reajuste R$ 1.80 para R$ 1.90 na utilização do cartão social, e de R$ 2.10 para 2.40, para quem não possui o cartão. Aumento este alegando pelo prefeito ser necessário, pois a antiga tarifa gerava prejuízo para as empresas de ônibus.
Em resposta ao aumento e não sendo diferente dos anos anteriores ( 2004, 2005 e 2006 ) a população sai as ruas em grandes manifestações gerando revoltas e estados de sitio na cidade.
Poderia ser só mais uma revolta da população em relação ao aumento das tarifas, se não fosse impulsionado também pelas denuncias de corrupção envolvendo o prefeito, juízes e vereadores; todos envolvidos no processo de CPI batizado pela policia federal como moeda verde, e que vem gerando indignação por parte da população. Essas denúncias envolvendo o prefeito foram somadas ao aumento das tarifas, o que levou a população a realizar manifestações locais, atos dos estudantes da UFSC, atuações de pula catraca, panfletagens, e atos com mais de 4 mil pessoas.
Na tentativa de calar a população, fazendo-a engolir a seco esse aumento o prefeito utiliza a Policia Militar para reprimir
fortemente as manifestações, utilizando bombas de efeito moral, gás pimenta, balas de borracha, e efetuando prisões em massa;
junto com a o Ministério Publico ( órgão da promotoria do governo) para mover processos contra os manifestantes.
Alem da constante repressão contra a população e movimentos sociais, o prefeito enviou seu braço direito Ronaldo Benedet da secretaria de segurança pública, para mediar um acordo com o MPL ( Movimento Passe Livre/ movimento que vem puxando as revoltas da tarifa a mais de 4 anos na cidade ) na tentativa frustrada de utilizar o movimento para desmobilizar a população. Porém em resposta a essa tática ardilosa o movimento veio em publico esclarecer que não é entidade representativa da população e que portanto não pode falar ou definir questões em nome da mesma, portanto fala unicamente e exclusivamente em nome do MPL. Afirmou também que enxerga a política destinada ao transporte como a mesma que resultou na CPI da moeda verde, onde o transporte na cidade se trata de um processo de corrupção, não visando a população.
O que vemos com tudo isso é que enquanto o transporte não for tratado como direito básico ao acesso, as revoltas irão acontecer sendo cada vez maiores e mais fortes em Florianópolis em e em todo território nacional.
quarta-feira, 13 de junho de 2007
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